terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Resenha do HammerFall em São Paulo - Uma noite templária e memorável!

Salve, virtuosos cavaleiros templários!

Meu nome é Rafael, sou professor de Kung Fu, orientador de Glíma do Skald, e venho pela primeira vez fazer uma resenha do último show em terras paulistas da banda que mais admiro no mundo: HammerFall!



Mais uma vez pisando em solo brasileiro com muito respeito e músicas poderosas, essa banda sueca de Heavy Metal fez São Paulo tremer com suas toadas arrepiantes, pesadas e icônicas.


Nessa nova passagem por terras brasileiras, a banda passou por Fortaleza, Belo Horizonte e, obviamente, São Paulo. O show em terras paulistas, que foi o primeiro, aconteceu na última sexta-feira, 1º de dezembro, na casa de shows Carioca Club, e foi uma noite de glória. Mas antes de falar do show propriamente dito...


Mas quem é o HammeFall?


Se você é medievalista e curte a história dos cavaleiros templários mas ainda não conhece HammerFall, tá na hora de conhecer.

Formada em 1993, a banda já lançou nesses 24 anos de estrada nada menos que 10 álbuns de estúdio. A melhor forma de definir o som deles é o bom e clássico heavy metal, com influências como Manowar, Helloween, Accept, Judas Priest, e Stormwitch.

E no que diz respeito à letras, a banda já abordou diferentes assuntos épicos (já teve até música inspirada no universo de Game of Thrones), mas o tema por excelência do HammerFall, aquele que é sempre associado à banda, são os Cavaleiros TempláriosA banda tem inclusive um mascote, o paladino Hector (uma mistura de cavaleiro templário e herói mágico-mítico), que inspira músicas e aparece na maior parte das capas de álbuns.


Hector, o mascote, na capa do primeiro álbum

Em seu oitavo álbum de estúdio (Infected), a banda mudou de temática e abordou uma temática relacionada a zumbis, filmes de terror e assuntos sobre a sociedade atual. Mas a recepção morna provou que o que os fãs cativos da banda querem é mais e mais fantasia épica e glória, de modo que nos próximos dois álbuns o grupo voltou à temática medieval e Hector voltou a figurar nas capas dos álbuns com o icônico álbum (r)evolution em 2014.

Em novembro de 2016 foi lançado o álbum mais recente, Built to Last, que mantém a tradicionalidade existente no estilo musical do HammerFall, com letras virtuosas e seu clássico Heavy Metal.

Mas agora, voltemos ao show de 01/12/2017!



A martelada atinge o Carioca Club



Alguns de seus seguidores mais fervorosos os aguardavam desde as 5 da manhã e foram recompensados. A van com vidro fumê para e alguns de seus integrantes começaram a sair, chamando a atenção para que um dos líderes da banda, Joacim Cans, pudesse entrar na casa de shows Carioca Club em Pinheiros. Após fotos e "corações em chamas", este que vos fala ofereceu uma cerveja ao novo baterista da banda David Wallin, que substituiu Anders Johansson, o qual não aceitou (após relutar bastante) e entrou na casa.


Oscar Dronjak - Um dos fundadores do HammerFall
Entramos enfim na casa de show, onde os guerreiros mais resistentes ficaram na grade, encarando a imagem do mascote da banda, com seus olhos vermelhos e armadura reluzente, Hector. Podemos dizer que Hector é mais que o mascote da banda, é o amuleto da sorte do HammerFall, do qual eles não podem largar de jeito nenhum.


Joacim Cans - Vocalista e um dos fundadores do HammerFall

As luzes enfim se apagam, um som grave começa a ecoar e a música Hector's Hymn dá início ao espetáculo. O público estava hipnotizado por cada clássico e cada música de seu novo álbum Built to Last. Tocaram Riders of the Storm, Renegade, Last Man Standing, Dethrone and Defy, entre outras. A cada camera apontada, a cada face maravilhada com o show, os integrantes apontavam, faziam poses e saudações ao público. O ponto alto do espetáculo, apontado pelos fãs mais ávidos, foi a música Origins do álbum (r)Evolution, pela sua musicalidade fantástica e seu refrão arrepiante:


Shining on so glorious, the bloodline of true warriors
(Brilhando em tão gloriosa, a linhagem de verdadeiros guerreiros)
Fighting for the right to be, part of the legacy
(Lutar pelo direito de ser, parte do legado)
Searching for the rainbow’s end
(Pesquisando para o fim do arco-íris)
The gold awaits for you my friend
(O ouro espera por você, meu amigo)
Courage is your guiding star
(Coragem é a sua estrela-guia)
And it will take you far
(E vai levá-lo longe)

A banda com 24 anos de estrada estava impecável, apenas com alguns ouvidos atentos notando algumas coisas que Pontus colocava em meio aos solos de guitarra de algumas músicas mais antigas como Blood Bound e Renegade, o que de forma alguma afetaram o desempenho da banda. Podemos dizer que o som do Carioca Club não era digno do HammerFall, principamente da voz do Cans que estava muito baixa, mas os templários paulistas não tem mais tantas casas de show e produtoras que tragam seus ídolos em um local bom e preço justo. Por isso, devemos agradecer à Free Pass por manter acesa a esperança, e se possível, que tragam o HammerFall em turnê solo mais vezes, ja que tal feito não acontecia há 12 anos.

Entre guitarras em formato de martelo, a imagem do grande Hector de fundo, músicas sobre templários, guerreiros e honra, a noite enfim termina, e seus novos e antigos seguidores vão para casa após sentirem com HammerFall a verdadeira "glória do bravo".


Setlist do show em São Paulo:


1. Hector's Hymn
2. Riders of the Storm
3. Bring it!
4. Blood Bound
5. Any Means Necessary
6. Renegade
7. Dethrone and Defy
8. Crinsom Thunder
9. Last Man Standing
10. Let the Hammer Fall
11. Built to Last
12. Medley to the Brave
13. Glory to the Brave
14. Origins
15. Punish and Enslave
Encore:
16. Hammer High
17. Bushido
18. Hearts on Fire

E você, templário, esteve por lá? Nos conte o que achou!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário sobre este artigo