segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Olam Ein Sof

Hail, amigos!

No meu segundo artigo sobre os músicos na cena medieval brasileira, vou falar do Olam Ein Sof.


Trata-se de um duo, formado em 2001 pelos músicos Marcelo Miranda e Fernanda Ferretti, ambos naturais de São Paulo – SP. A primeira demo, autointitulada, foi lançada em 2002, fazendo com que eles sejam um dos grupos mais antigos do que viria a ser a cena medieval. Com efeito, quando o duo começou suas atividades, sequer se podia falar ainda em uma cena medieval no Brasil. Mas com o surgimento dessa cena, com seus grupos e eventos focados em diversos diferentes aspectos do medievalismo, foi natural que o Olam Ein Sof fizesse parte.



É difícil definir o estilo do duo. Eles próprios não apreciam rótulos, mas admitem que os mais adequados provavelmente sejam o do Folk e o do Neo Medieval. É importante dizer que não é exatamente Medieval, pois não fazem interpretações de músicas de fato medievais, mas sim uma releitura da sonoridade medieval, em composições próprias e atuais.



O nome Olam ein Sof está em hebraico e significa, numa tradução simples, Mundo dos Infinitos. Segundo eles, é um nome cabalístico, que representa como veem a arte: algo infinito e transcendente.


O público é bem diverso, pois a dupla não faz distinções ao escolher seus locais de apresentação: escolas, casamentos, eventos de temática pagã, festivais de heavy metal e, obviamente, eventos e feiras medievais.

Discografia, por ano:


2004 – Immram

A maioria das músicas é instrumental, e são focadas no trabalho dos violões, mas há também participações de violino, flauta doce, teclado e vocalizações em algumas músicas. O nome do álbum vem de um conceito da mitologia celta irlandesa: um gênero de contos sobre a jornada de um herói para outros mundos, na qual se passa por diferentes ilhas que representam diferentes experiências de vida.


2005 – Celtic Mythology

Disco feito em parceria com a cantora Margarete Aquila, com músicas que pretendem remeter a danças renascentistas. As letras, por sua vez, são poesias de Angela Cristina e, como o título do álbum sugere, a temática é inspirada na mitologia celta, sendo cada canção dedicada a uma divindade.


2010 – Ethereal Dimensions

Segundo a dupla, a inspiração para esse álbum veio da pesquisa de diferentes mitologias. A ideia é mostrar que a Terra vive em constante mutação, e devemos estar conectados ao universo para entrarmos nas novas dimensões que se abrem.

Com este álbum eles fizeram a primeira turnê, tocando em várias cidades da Colômbia.

Em 2012, no Chile, participaram da primeira apresentação do Ensamble Transatlántico de Folk Chileno, com mais de 70 músicos e um repertório composto apenas de canções do folclore chileno.


2014 – Reino de Cramfer

Trata-se do primeiro trabalho do duo composto inteiramente em português. As músicas trazem seres de outros universos e de histórias ancestrais. Trabalhando no conceito de que cada pessoa é o seu próprio universo, o nome Cramfer vem da união dos nomes Olecram (Marcelo ao contrário) e Fernanda, ou seja, o universo particular constituído pelos dois nesse mundo dos infinitos.

Ainda em 2014 foi feita a primeira turnê por Portugal, que rendeu imagens para um clip da música Dança da Floresta:


Em 2015, estiveram novamente em turnê pela Europa, dessa vez passando também pela Espanha, para tocar no 3º Torneo Caballeros del Allarde. Em Portugal, participaram da 8ª edição do Festival Folk Celta Ponte da Barca, sendo os primeiros representantes brasileiros na história do evento.

Na cena medieval brasileira também marcaram presença, com apresentações no JantarMedieval da Ordo Draconis Belli e na FolkFair.

Em 2016, certamente podemos esperar vê-los novamente nos eventos da cena.

Você pode ouvir (e adquirir) todos os álbuns da banda no Bandcamp:




(Fotos obtidas no site oficial do Olam Ein Sof)

3 comentários:

  1. Eles são incriveis e as letras das músicas retratam alma e natureza interligadas, adoramos.O profissionalismo de primeira , artista real sem rotulos.

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  2. Ótimos músicos e super simpáticos

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  3. Muito profissionais, talentosos e super gentis! Sem contar a imersão ao ouvir as músicas!

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